quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Planear a compra é a melhor estratégia




Planear a compra de casa é algo que todos deveriam fazer muito antes de começarem a namorar anúncios de imóveis.


Este é o maior investimento que a grande maioria das pessoas fará na vida e, a partir do momento que se entra neste "barco" está-se a assumir um compromisso com o banco que pode durar de 20 a 50 anos. Falhar no cumprimento do mesmo não é opção. O preço do imcumprimento pode ser perder a casa, acrescida de algumas outras sanções igualmente severas.


Cada vez é mais comum ouvir histórias de quem perde os bens por não cumprimento da hipoteca. Talvez isto se justifique por uma ausência de "cultura financeira", do saber gerir o orçamento doméstico. Outros grandes culpados são as instituições de crédito que até esta crise ser diariamente notada em todos os meios de comunicação, distribuia créditos para tudo e mais alguma coisa, não seleccionando os clientes, criando condições para que os mais incautos se endividassem até "às orelhas" sem pensarem nas consequências.


É óbvio que azares acontecem. Ninguém está imune a uma doença, a uma situação de desemprego ou outra qualquer que venha colocar a vida de pernas para o ar. Mas, muitos tornam-se endividados por falta de responsabilidade, por falta de bom senso. "Dão o passo maior que a perna" e depois "esticam-se ao comprido"!

E, já os antigos conheciam o remédio para evitar estes males das "escorregadelas": o pé de meia!


Estamos numa altura em que planear caiu em desuso. Poupar então é um conceito demasiado arcaico para inúmeras cabeças. É verdade que "pé de meia" soa a qualquer coisa saído do baú das avózinhas, ou a qualquer coisa escondida debaixo do colchão, mas continua a ser a melhor estratégia para minimizar e ultrapassar dificuldades em qualquer etapa da vida.



O pé de meia e a compra da casa


São relativamente poucas as jovens que mantém a tradição de fazer o enxoval tal como era no tempo das nossas mães e avós. Da minha geração tenho somente duas ou três amigas que foram escolhendo, recebendo e guardando as peças para a futura casa, algumas desde tenra idade. No entanto, com ou sem baú repleto de lençóis e atoalhados, o essencial é que todos sabemos que um dia iremos ter a nossa própria casa, portanto porque não planear com antecedência essa compra?


Na minha opinião, o melhor "enxoval" que se pode reunir é um "pé de meia".

A educação prudente que trazíamos desde sempre e que tinha por base a importância da poupança, foi deitada por terra no espaço de poucas gerações, que se foram habituando à ideia de que o empréstimo concedido pelo banco cobria não só a aquisição da casa, mas todas as despesas relacionadas com burocracias, e ainda obras e a compra dos móveis e electrodomésticos. É a pressa e o ensejo de se ter tudo o que se quer no momento em que se quer. E quanto a fazer as contas sobre o que realmente custará no final de contas aqueles 10, 20, 30000 euros extra ninguém sabe, ninguém pensa, ninguém calcula!


O melhor conselho que posso dar é: Poupem o máximo de dinheiro possível durante o maior período de tempo possível antes de comprar casa.



(no próximo post diversos cenários de poupança para reflectir)



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